O momento da pré-campanha eleitoral à Presidência da República é marcado por dúvidas políticas que impedem a definição de linhas gerais para a condução da economia. Os partidos negociam a ampliação do apoio e não escolheram os candidatos a vice-presidente. Lula, líder das pesquisas de intenção de voto, tampouco escolheu um economista que vai coordenar as principais propostas. No PT, são vários os personagens que têm potencial de influenciar o ex-presidente. Nelson Barbosa, Aloizio Mercadante, Márcio Pochmann e Guido Mantega são alguns desses nomes, mas a lista é maior. O presidente Jair Bolsonaro vai escolher qual política fiscal se for reeleito? Não há resposta por enquanto. Afonso Celso Pastore é o porta-voz do pré-candidato Sergio Moro, mas não divulgou sua proposta para a substituição do teto de gastos por um mecanismo mais eficiente que evite o crescimento insustentável da dívida pública. João Doria tem seu time coordenado por Henrique Meirelles, mas que conta com Ana Carla Abraão, Zeina Latif e Vanessa Canado. Em linhas gerais, Moro e Doria falam a mesma língua econômica amigável ao mercado. Ciro Gomes tem Mauro Benevides como principal conselheiro e admite que é preciso mudar a política de preços da Petrobras. O primeiro turno da eleição será em 2 de outubro e o segundo está marcado para 30 do mesmo mês. Nas estratégias dos pré-candidatos, bater o martelo agora por uma proposta econômica detalhada pode afastar apoiadores e partidos, o que significa perder a eleição.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília