in , , ,

Campos Neto responde críticas recorrentes de Lula

Brasília (DF) 31/03/2023 O Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa, acompanhado do presidente do TCU, Bruno Dantas, do seminário “Mulheres e homens construindo um setor público com mais equidade”, promovido pelo Tribunal de Contas da União, Senado Federal e Banco Central

O início da audiência pública com o presidente do Banco Central na CAE teve uma longa apresentação que procurou explicar os motivos de a Selic estar em 13,75%. Roberto Campos Neto negou que o Brasil não tenha inflação de demanda e afirmou que os juros básicos são adequados para a conjuntura que o país enfrenta com a deterioração das expectativas desde novembro. Na avaliação do presidente do BC, os juros são altos porque os riscos são altos. Há inadimplência, mas a recuperação do crédito é difícil. Além disso, a dívida bruta do governo é mais alta que a média. Outro problema, segundo Campos Neto, é o alto nível de crédito direcionado (40,3%), o que reduz a potência da política monetária com o “efeito meia-entrada”. Baixar juros sem credibilidade, como quer Lula, é um movimento que o BC fez em 2011 e não funcionou, segundo Campos Neto, porque as taxas mais longas subiram. Outra acusação repetida contra a política monetária é a de os juros altos favorecerem os bancos, mas o presidente do BC disse que essa lógica não existe mais porque a tesouraria tinha mais peso no lucro dos bancos. O líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES), perguntou se Campos Neto sabe quanto custa o litro de leite. A resposta do presidente do BC foi: “eu sei o que a inflação significa para os mais pobres”.

Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom, Agência Brasil

Lucro presumido: CAE vai votar aumento no limite

PT não terá emendas individuais ao arcabouço