O presidente do Banco Central disse que há incerteza externa que tem de ser monitorada nas próximas semanas. O ministro da Fazenda também se referiu hoje à deterioração do cenário global nos últimos 60 dias e defendeu os projetos de lei de interesse do governo e a Reforma Tributária como blindagem da economia brasileira. Além de todos os sinais que já tinham sido dados na comunicação institucional do BC, Roberto Campos Neto respondeu perguntas de jornalistas na divulgação do Relatório Trimestral de Inflação e afirmou que é cedo para dizer que há espaço para corte menor da Selic. Sobre o tamanho do ciclo de reduções da taxa básica de juros, a atual incerteza foi citada por ele como motivo de não ser anunciada essa duração. Campos Neto preferiu não comentar sua avaliação da segunda reunião que teve com Lula no começo da noite de ontem, mas informou que combinou com o presidente e com Fernando Haddad que não seriam feitos comentários públicos.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Lula Marques, Agência Brasil