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Campos Neto e Haddad reduzem a temperatura da crise

O presidente Lula tem criticado a Selic de 13,75%, mas o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central têm trocado sinais e movimentos que baixaram a temperatura dessa crise. Fernando Haddad disse há pouco em evento do BTG que a comunicação entre MF e BC é diária e nunca será interrompida. O governo tem dois votos no CMN, mas evitou antecipar a discussão da mudança da meta de inflação na reunião de hoje. Haddad prometeu o novo arcabouço fiscal em março, antes do prazo que havia anteriormente. Na segunda-feira, Campos Neto afirmou que o BC pode voltar ao cenário que havia em dezembro, quando o horizonte apontava para o início da redução da Selic em 2023. A âncora que vai substituir o teto de gastos é peça central nessa dança das políticas fiscal e monetária. Em evento de homenagem ao TCU no Senado, Campos Neto disse há poucos minutos que o fiscal com olhar social exige escolha e métodos. No BTG, Haddad revelou que a arrecadação de janeiro teve R$ 13 bilhões acima do esperado, o que sinaliza para um cenário positivo das contas públicas e que pode melhorar durante o ano e encerrar 2023 com déficit primário menor que 1% do PIB. Para o ministro da Fazenda, MF e BC têm de trocar cartas para se entenderem, mas não dá para olhar só para o fiscal. Ele admitiu que as expectativas estão muito contaminadas por ruídos, mas afirmou que a autoridade monetária não pode se deixar levar por eles, mas olhar para os fundamentos da economia.


Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto:  Adriano Machado, da Reuters / montagem de CNN

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