Em maio às crescentes críticas do governo e de parlamentares, o presidente do Banco Central disse que fica até o fim do seu mandato e que pressão política faz parte da rotina de qualquer autoridade monetária no mundo. Ele citou que, recentemente, no Reino Unido, o presidente foi vencido em decisões sobre juros e isso não significa que a credibilidade da instituição foi abalada. No âmbito da política monetária, citou que o Brasil tem sido vitorioso no combate à inflação com o menor custo possível. Recentemente, foi a uma reunião do BIS chamada The Last Mile, expressão que, na interpretação dele, significa que a guerra contra a inflação é uma maratona cansativa, mas não se pode desistir no fim do trajeto. Na análise técnica do relatório trimestral de inflação, o contexto tem núcleos em queda, mas ainda acima da meta. A taxa neutra de juros foi elevada de 4% para 4,5%. No embate político, Campos Neto não respondeu diretamente uma pergunta que citou críticas de Lula em entrevista à rádio. Preferiu dizer que o Brasil está comemorando a desinflação e as melhoras no cenário fiscal. O PIB está crescendo mais e o consumidor está mais confiante. A Agência S&P reconheceu avanços nas políticas monetária e fiscal e o BC tem sido elogiado em relatórios internacionais.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Agência Brasil