O Brasil terá 2022 marcado por inflação e desemprego de dois dígitos, crescimento menor e mais confronto político porque, se depender do presidente Jair Bolsonaro, a agressividade da campanha eleitoral terá uma escalada. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse na sexta-feira que há dúvidas recorrentes sobre a perspectiva fiscal porque o país tem dificuldade em cortar gastos e não há clareza sobre a aprovação e reformas que ajudem a crescer de maneira sustentável. Na avaliação dele, o ambiente mais inflacionário que o Brasil e outros países enfrentam, depois de quase dois anos de restrições e estímulos fiscais decorrentes da pandemia, teve erros de intepretação dos bancos centrais. Não houve queda de oferta, mas aumento persistente de demanda que provocou inflação. As dificuldades da transição para uma economia ambientalmente mais sustentável agravaram o quadro inflacionário.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília