Negociadores do governo na Câmara estão pessimistas sobre a possibilidade de evitar a repetição da derrota que aconteceu no Senado. O cenário mais provável é o de os deputados aprovarem o projeto que prevê a prorrogação da desoneração da folha de pagamento que está em vigor até o fim deste ano. O impacto fiscal é estimado em até R$ 19 bilhões por ano, impacto relevante se comparados ao volume de aproximadamente R$ 200 bilhões das despesas discricionárias em 2023. O ministro da Fazenda repetiu hoje, em Joanesburgo, o apelo para que a votação seja adiada até que a Reforma Tributária seja aprovada. Ele citou um parecer da PGFN que considera inconstitucional a proposta de renovação desses benefícios a alguns setores. O risco de judicialização parece não comover os parlamentares.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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