O Brasil não vai abrir mão que o Paraguai corrija as distorções da quantidade de energia excedente que usa e não paga, repassada pelo lado brasileiro da hidrelétrica. Na conversa entre os presidentes Jair Bolsonaro e Mario Abdo Benítez, o assunto foi tratado. O Brasil, mais uma vez, pediu ao Paraguai que a empresa responsável pela geração, transmissão e distribuição de energia no país vizinho (ANDE) retire da empresa binacional apenas a energia contratada e não “pegue” megawatts acima do contratado, como tem acontecido. Bolsonaro ouviu do colega que ia ver o que estava acontecendo para tentar corrigir esta distorção. Essa conversa é a mesma que o Brasil ouve há anos. O Brasil não está mais disposto a continuar cedendo a esta prática irregular e os dois países ainda estão discutindo a tarifa de energia de 2022 que o nosso país vende para os paraguaios. O problema é que o Brasil não pode simplesmente cortar a energia quando o Paraguai esgota o limite contratado porque derrubaria toda a energia do país vizinho. Enquanto isso, tenta aumentar a pressão sobre os paraguaios, já que a estratégia de negociação e simples cobrança verbal não tem dado resultado.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília