Apesar da resistência da equipe do ministro Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro já fez chegar à área econômica e à Petrobras “que quer” que o subsídio a ser dado aos combustíveis seja pelo período de três meses. Bolsonaro avisou também que “quer que” a redução nos preços beneficie não só o diesel, mas também a gasolina e o GLP. As resistências da área econômica também chegaram ao Planalto, mas foram ignoradas por Bolsonaro, que entende que é impossível repassar as altas dos últimos dias aos combustíveis. Bolsonaro tem dito que precisa fazer um gesto político em relação a esta questão, que virou um cabo de guerra com a Petrobras nos últimos meses. No momento, no entanto, a própria estatal está colaborando com os estudos e reconhece que é inviável repassar a alta que houve no mercado internacional. A ideia é que o valor de redução no preço do litro dos combustíveis seja mais que o dobro dos R$ 0,30 centavos dados por Temer em 2018. Algo em torno de R$ 0,70, segundo uma fonte do governo disse à BAF. A fonte explicou que embora haja resistência do Ministério da Economia para criar o crédito extraordinário, “o mundo inteiro está fazendo subsídio para atender essa situação de guerra”. A reunião para discutir e possivelmente fechar a questão está marcada para o final da tarde. Os valores exatos das reduções nos produtos, o tempo de duração do benefício e quanto isso consumiria dos R$ 38 bilhões de dividendos a serem pagos este ano pela empresa ao governo ainda está sendo decidido. Em 2018, os R$ 0,30 por seis meses custou ao Tesouro R$ 6,8 bilhões para ressarcir a Petrobras e demais agentes que venderam o diesel subsidiado.