A diretoria colegiada do Banco Central terá dois novos diretores em 2022 em meio ao ambiente com IPCA de dois dígitos e Selic se encaminhando para o mesmo patamar. Em ano de eleição, a autonomia formal do BC é fundamental para bloquear pressões políticas. As duas diretorias do Banco Central mais vinculadas à principal missão da instituição ficarão sob comando de economistas que trabalharam no Itaú. Diogo Abry Guillen, economista-chefe da Itaú Asset Management e professor vinculado ao Insper, foi indicado hoje para substituir Fábio Kanczuk na diretoria de Política Econômica do Banco Central. Bacharel e mestre pela PUC-Rio, Guillen é PhD em economia pela Princeton University. Bruno Serra Fernandes é diretor de Política Monetária desde o início da gestão de Roberto Campos Neto e trabalhou no Itaú de 2007 a 2018. Em 28 de outubro, o BC divulgou que Renato Dias de Brito Gomes foi indicado para substituir João Manoel Pinho de Mello na diretoria de Organização do Sistema Financeiro. Gomes é professor da Escola de Economia de Toulouse e pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique, bacharel e mestre pela PUC-Rio e PhD em economia pela Northwestern University.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília