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BC: mercados não aceitam expansão de gastos

Bruno Serra, diretor de política Monetária do Banco Central, disse há pouco em evento aberto que o Banco Central evita falar de política fiscal na transição de governo, mas aproveitou para citar o que ocorreu recentemente na Inglaterra. Ele ponderou que os países desenvolvidos viveram períodos com juros muito baixos, próximo de zero. Naquele ambiente, houve muita desculpa para expandir gastos. Mais recentemente, na Inglaterra, os juros não estão tão baixos e os mercados não aceitaram facilmente a expansão de gastos proposta e tiveram de trocar de governo em tempo recorde. Serra ressaltou que a situação do Brasil é diferente da Inglaterra, principalmente porque nunca teve juros próximos de zero. Sobre a inflação, o diretor do BC disse que “dá para arriscar que o pico da inflação ficou para trás”. Ele afirmou que toda inflação importa, mas a inflação de bens é mais exportável. Há, na avaliação dele, o que se chama “last mile”, expressão que tenta mostrar o fenômeno da desinflação mais rápida de bens, mas com a redução mais lenta dos preços dos serviços. Serra comentou que a nossa inflação vai ser consistente com a meta no médio prazo.


Arnaldo Galvão – Direto de Brasília

Foto: Divulgação, Banco Central

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