Apesar das ponderações de Rodrigo Pacheco sobre o envio da indicação para presidente do Banco Central em período eleitoral, a tendência deste momento é o presidente Lula encaminhar o nome e aproveitar o esforço concentrado do Senado para sabatina e aprovação.
A ideia é resolver a indicação praticamente certa de Gabriel Galípolo em setembro e, com a votação concluída, ele possa participar da escolha dos outros três diretores junto com Lula e o ministro Fernando Haddad.
Na equipe econômica não há qualquer preocupação com eventuais dificuldades que ele possa ter na sabatina.
Neste período, espera-se que o presidente da República não volte a fazer críticas contundentes ao BC, até mesmo para que suas declarações não sejam usadas pela oposição contra Galípolo na sabatina. A percepção é que todos já conhecem a opinião do presidente sobre aumento de juros, mas o roteiro proposto é que ele realmente “se segure”.
Com o seu indicado presidindo o BC, a tendência é de que Lula evite as críticas pesadas – como faz com Roberto Campos Neto – e o chame para conversar para entender o cenário, como já fez algumas vezes com Galípolo desde que assumiu a diretoria de Política Monetária. Visto no governo como um “animal político”, o atual diretor do BC vem se esforçando para mostrar independência e não subserviência.
Lula e Haddad já trataram do tema em reunião na quarta-feira após o evento dos três Poderes no Palácio do Planalto. A formalização da indicação agora é uma questão de tempo.
Equipe BAF – Direto de Brasília
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