Técnicos da Receita Federal interpretaram a decisão de barrar as fraudes em importações do comércio eletrônico como parte do plano de elevar a arrecadação em aproximadamente R$ 150 bilhões este ano. Segundo o ministro da Fazenda, R$ 8 bilhões podem ser contabilizados nessa mudança de tratamento das compras internacionais realizadas por pessoas físicas, mas que estavam sendo usadas por empresas para fraudar o sistema tributário. Esses auditores da Receita afirmam que a medida é mais ligada à fiscalização e à preservação da igualdade de concorrência no varejo, mas os R$ 8 bilhões foram decisivos para a decisão ter sido tomada. Independentemente do ruído na comunicação de governo que provocou discussões e desgastes nas redes sociais, não é uma alta prioridade porque a decisão não se encaixa no conceito de “colocar o rico no Imposto de Renda” repetido muitas vezes pelo presidente Lula e por seus ministros. Na visão dos técnicos da Receita, seria mais relevante combater a triangulação que exportadores de commodities realizam por meio de simulações de vendas a paraísos fiscais. Fernando Haddad já citou que o governo vai combater esse tipo de fraude, mas a medida ainda não foi divulgada.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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