O impasse sobre a meta de resultado primário de 2024, lançado por Lula, piorou a situação que havia no Congresso para os parlamentares aprovarem, até 22 de dezembro, a Lei Orçamentária do ano que vem. A tramitação do novo marco fiscal atrasou os passos que têm de ser dados para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, mas o Brasil tem normas que substituíram o teto de gastos. Apesar de os líderes dos partidos e dos presidentes da Câmara e do Senado afirmarem que não confundem interesses de Estado com os do governo, todo o poder político é exercido nos momentos de vulnerabilidade e a expectativa é a de o Executivo pagar um preço pelo contexto atual. Por outro lado, a necessidade de entregar emendas ao orçamento aos municípios em ano eleitoral é um fator que será explorado para a tramitação da LDO e da LOA nos poucos dias que faltam para encerrar o ano no Legislativo.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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