Alguns auditores fiscais da Receita Federal criticaram a decisão do governo que fechou uma brecha na importação de mercadorias por meio de sites internacionais de comércio eletrônico. Esses críticos atuam na área de fiscalização, reconhecem que as fraudes são recorrentes e devem ser combatidas, mas, por outro lado, afirmam que os mais prejudicados serão os consumidores da classe média baixa. A medida agradou grandes empresários, mas desagradou milhões de consumidores. Esse é um efeito colateral politicamente indesejado para alguns integrantes do governo Lula que buscam mais aprovação nessa faixa de renda do eleitorado. Esses auditores reivindicam mais atenção à insuficiente estrutura de fiscalização e, politicamente, avaliam que faltou ao governo estratégia para anunciar uma decisão que, na visão deles, não é prioritária. Os técnicos dizem que os contribuintes mais ricos sempre têm escolha e os controles aduaneiros conseguem barrar a entrada de produtos mais sofisticados como, por exemplo, celulares e computadores suspeitos de sonegação ou fraude na importação.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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