Independentemente de formalidades, a estrutura do arcabouço fiscal que vai substituir o teto de gastos será informada ao presidente do Banco Central para que o Copom tenha essa informação antes da reunião de 21-22 de março. Na prática, depois do sinal verde do presidente Lula – o que pode acontecer na reunião de hoje com Fernando Haddad – o texto tem que passar pelas análises da PGFN, do Ministério do Planejamento e da Casa Civil para ser apresentado aos líderes do Congresso. Técnicos da equipe econômica informam que o arcabouço terá uma norma geral que prevê crescimento da despesa de acordo com o PIB per capita e receitas serão corrigidas pelo PIB. É mais simples e muito diferente da proposta apresentada no ano passado pelos técnicos do Tesouro, que sugeria três intervalos de relação dívida/PIB com respectivos níveis de crescimento do gasto. As conversas entre Haddad e Lula sobre o arcabouço estão adiantadas. Na sexta-feira, eles se reuniram na residência do presidente em São Paulo.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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