O CNPE definiu hoje um aumento anual da mistura obrigatória no biodiesel, a começar com 12% já no próximo mês e chegando aos 15% em 2026. É uma proposta considerada como um acordo de meio termo entre todas as pastas que concordavam sobre o aumento, mas discutiam como deveria ser o calendário. A presença de Lula na reunião foi considerada por integrantes do governo como um sinal de que o assunto é importante para o Planalto, mas não foi decisiva para o acordo que foi acertado ontem. Mesmo que tenha sido uma decisão de consenso entre as pastas, o maior ganho é do setor do agro, que garantiu o pedido de aumento de 2% para o próximo ano. É a segunda vitória costurada por Carlos Fávaro para o setor de biocombustíveis. No início do ano, o ministro foi responsável por articular a volta do imposto sobre o etanol importado para proteger o setor produtivo nacional. A maior preocupação da Fazenda com o biodiesel era com o impacto na bomba, mas isso também foi endereçado na reunião. Segundo Alexandre Silveira, cada percentual de aumento do biodiesel terá impacto de um centavo no preço da bomba, o que não representará um reajuste expressivo do combustível.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Jamil Bittar, Reuters