A queda de braço entre os Ministérios da Economia e da Agricultura seguem o mesmo roteiro da guerra que se viu travada em torno dos combustíveis, que acabou vencida, pelo menos em um primeiro momento, pela ala política. A exemplo do Centrão, o agronegócio é um dos pilares do governo na economia e também quer cobrar seu preço. O argumento levado ao Planalto, para pressionar o presidente e o governo como um todo a atender ao pleito do setor, é que esta seria a conta do agronegócio ao candidato Bolsonaro, já que ele tem contribuído e apoiado o governo desde sempre. Os representantes do setor reconhecem que Bolsonaro sempre faz questão de prestigiar e defender o agronegócio. Por isso mesmo, querem que isso seja traduzido em números para os financiamentos, com taxa de juros baixas. Outro pesadelo para o agro é a alta do preço do diesel, que é insumo para a operação de máquinas agrícolas e de caminhões.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília