Tanto entre integrantes do governo quanto dentro da própria Eletrobras, o entendimento é de que o questionamento da AGU sobre o processo de capitalização não tem grandes chances de abrir caminho para questionar a privatização em si do ativo. Interlocutores do ministro de Minas e Energia admitem que não viam chances de se reverter a capitalização da Eletrobras apenas com o teor do questionamento, ideia que se reforçou ao saberem que Kassio Nunes Marques ficará à frente do caso. Silveira tem dito que é contrário ao processo de capitalização da empresa, mas tem admitido para seus assessores que legalmente é muito difícil se reverter o processo depois de feito. Ainda segundo integrantes da pasta, essa mesma avaliação é compartilhada por integrantes do Planalto. O questionamento no STF sobre a limitação de 10% do poder de voto funcionaria como uma forma de dar resposta política para a base mais à esquerda do PT, que cobra de Lula alguma ação contra a capitalização da empresa feita na gestão passada. Os sindicatos dos eletricitários têm ligação forte com o partido, em especial com a presidente da legenda.
Equipe BAF – Direto de Brasília
Foto: Fernando Frazão, Agência Brasil
