Os ministros do governo Lula são permanentemente cobrados para que divulguem com eficiência as vantagens das políticas públicas. A recente troca de ministros para ceder espaço ao Centrão teve essa marca como uma das armas do fogo amigo. O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, teve de se defender e, contra muitas apostas, manteve-se no cargo que tem como vitrine o Bolsa Família. Fernando Haddad foi elogiado por Lula no lançamento da política industrial da saúde. Recado claro dado ontem para os que ainda não se convenceram. O que o ministro da Fazenda faz tem apoio do presidente. O desempenho da equipe econômica é vital para os planos da política. Nesse contexto, Haddad e Roberto Campos se reúnem com Lula hoje. Os três personagens do encontro sabem que inflação destrói os planos de qualquer governo. A Argentina é a prova mais clara dessa tragédia social. Haddad mantém uma relação institucional com Campos Neto e procura regular a temperatura da tensão política que, frequentemente, provoca ruídos na condução das medidas econômicas.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo
