A recente viagem de Lula ao países ibéricos teve caráter mais político do que econômico. Foram assinados 13 atos em Portugal e três na Espanha em temas como direitos de pessoas com deficiência, trabalho, energia, geologia e minas, cooperação espacial, produção audiovisual, turismo, comunicações e saúde. O Ministério da Ciência e Tecnologia assinou uma carta de intenções com o governo espanhol para cooperação entre empresas dos dois países nas áreas de meio ambiente e mudanças climáticas, transição energética, alimentos de maior qualidade e valor agregado, novos recursos para a Indústria 4.0, produção mais limpa ou sustentável, mobilidade e transporte avançado, tecnologias da informação e comunicações. Em Portugal, a Apex e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) assinaram memorando de entendimento com o objetivo habilitar fundos de investimentos e empresas brasileiras a desenvolver ações no país ibérico e no mercado europeu. O principal ponto da agenda econômica, no entanto, é a declaração conjunta de Lula e do espanhol Pedro Sánchez que prevê “impulsionar” a assinatura do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, que se arrasta há 23 anos.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo
Foto: Sérgio Lima, AFP
