A falta de decisão política sobre o texto da PEC da Transição tem provocado ruído na base parlamentar de apoio do próximo governo. O desafio de resolver em pouco tempo um grande problema que exige a aprovação de uma emenda constitucional tem sido marcado por atitudes e declarações que indicam prazos, mas eles acabam sendo descumpridos. A apresentação da PEC da Transição foi adiada e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin entregou aos líderes do Congresso e ao presidente da Câmara uma sugestão de texto que não era o início da tramitação da proposta. Hoje, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, disse que a PEC pode ser divulgada em 24 ou 48 horas. O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG), afirmou que o plano de começar a tramitação pelo Senado pode mudar. Ele admitiu que pode colher 171 assinaturas e fazer com que a PEC inicie sua tramitação pela Câmara. Mas algumas semanas atrás, a estratégia de começar pelo Senado foi explicada pela rapidez que a proposta pode ter naquela Casa, com velocidade na CCJ e no plenário. Depois, esse texto seria apensado a outra PEC que tramita na Câmara. Depois de aprovada a PEC, é preciso adaptar o projeto de lei orçamentária de 2023, mas o Congresso entrará em recesso em 22 de dezembro.
Arnaldo Galvão e Ricardo Galhardo – Direto de Brasília
Foto: André Coelho, EFE