Num jogo de cavalheiros, Alexandre de Moraes complicou muito a vida de Daniel Silveira, e de quebra, a de Arthur Lira. Determinou que o deputado, que usa da picardia para se proteger da determinação de uso de tornozeleira eletrônica, pague R$ 15 mil por dia enquanto não acatar a ordem do Supremo. Além disso, teve suas contas bloqueadas. E, num movimento de transferência de responsabilidades, decidiu que cabe agora à Arthur Lira determinar o dia e a hora que o deputado será intimado a usar a tornozeleira. Ou seja, ao invés de mandar prender o deputado, Moraes jogou para a Câmara (leia-se, Lira) o ônus de cumprir uma decisão judicial.
Severino Motta – Direto de Brasília