O Palácio do Planalto ainda não sabe como será na prática o convívio com a nova presidente do STF, Rosa Weber, mas prevê uma relação “minimamente institucional”. Um interlocutor do presidente Jair Bolsonaro considerou acertada a decisão de não ir à posse ontem para evitar a situação constrangedora que viveu durante a posse de Alexandre de Moraes no TSE. Naquela cerimônia, Moraes – na avaliação de interlocutores diretos do presidente – se aproveitou para deixar o presidente acuado. Escaldado, o presidente desistiu de ir à posse de Rosa Weber por entender que o espírito de corpo dela falaria mais alto. Bolsonaro e seus auxiliares mais próximos tiveram a convicção de que foi acertada a decisão ao tomarem conhecimento de que, antes de assumir a presidência do STF, ela determinou que a PF continue as investigações levantadas pela CPI da Covid. Bolsonaro preferiu participar do desconhecido Podcast Collab, live que durou quase 5 horas. Os ministros Ciro Nogueira e Fábio Faria deixaram o STF antes de Rosa Weber discursar. O ministro da Justiça, Anderson Torres, ficou no evento, mas não aplaudiu sua fala. A expectativa era de que Torres se tornasse a ponte entre Weber e o Planalto.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília