Ministros do STF acreditam que as reações das instituições ao assassinato do tesoureiro do PT por um bolsonarista não correspondem aos fatos. De acordo com dois magistrados, o Estado precisava sair de Brasília e se mostrar fisicamente no Paraná. Ao BAF, os ministros questionaram onde estava PGR, o presidente do TSE e o próprio presidente do STF. Eles
acreditam que todos deveriam ter ido imediatamente a Foz do Iguaçu. Na avaliação dos dois, Anderson Torres (Justiça), Augusto Aras e o presidente Jair Bolsonaro não agirão sem provocação. E é preciso mostrar que a alta cúpula das instituições irá agir em episódios como este, tanto em ações políticas, indo ao local do crime, quanto na aplicação de duras penas de forma célere. Os ministros que defendem tal posição não acreditam que Luiz Fux ou que Rosa Weber, no STF, e Edson Fachin, no TSE, conseguirão cumprir tal papel. Apostam as fichas em Alexandre de Moraes e esperam que ele, enquanto presidente da Corte Eleitoral, seja não só “o” alto mandatário, mas também um xerife no velho oeste que se avista.
Severino Motta – Direto de Brasília