O pedido de informação feito pelo TSE para que o Ministério da Defesa entregue a auditoria que fez sobre as urnas eletrônicas é, neste momento, mais uma pressão do que determinação que traga consequências imediatistas caso o mesmo não seja enviado. A decisão do comandante em chefe das FFAA, segundo publicado pela imprensa, teria sido de esperar o segundo turno para apresentar à sociedade um estudo mais bem embasado. Apesar disso, o TSE quer aproveitar o suposto resultado positivo da auditoria para reforçar a credibilidade das urnas. Caso a Defesa não entregue a resposta ao pedido de informação feito pelo TSE, ninguém será preso. Haverá uma repercussão muito mais midiática que jurídica. Sem a resposta, o TSE poderá tentar judicializar a questão, mas o segundo turno já terá acabado antes de existirem efeitos práticos. Contudo, dentro de uma possível nova visão dos processos de cassação de mandatos ou impugnações de resultados eleitorais, conforme o BAF já informou, a coleção de fatos e episódios que consiga provar a existência de um grande esquema de malfeitos como base para ganhar uma eleição poderá ser usada numa eventual contestação do resultado das eleições. Mas daí a cassar a chapa eleita já é outra conversa.
Severino Motta – Direto de Brasília
Foto: Tânia Rego, Agência Brasil