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Moro empaca na reforma do judiciário

O pré-candidato Sergio Moro escolheu mal a pauta para começar a falar sobre seu programa de governo. Moro tem insistido em tratar da reforma do Judiciário, que, segundo a AMB (Associação dos Magistrados do Brasil), deve partir do próprio Judiciário e não do Executivo, sob pena de ferir a Constituição. O problema é que Moro tem apostado em um suposto apoio que receberia do meio jurídico, mas que não tem se convertido em imagens positivas. Esta semana, por exemplo, pediu um encontro com o ex-ministro Joaquim Barbosa, no Rio. Mesmo quando deixou o STF no auge de sua popularidade, Barbosa não quis se meter em eleição. Foi cortejado por legendas e nada. Por que sairia agora dando apoio sem o cortejo necessário? Resultado: o Globo reportou, logo na saída do encontro na segunda, que Barbosa disse a interlocutores que não tinha confiança na candidatura do ex-juiz. Chama a atenção que esse tipo de interlocução entre candidato e apoiador é feito sempre por líderes políticos, nunca pelo próprio candidato. Ainda assim, Moro insiste na pauta. Na quarta-feira, encontrou-se com o constitucionalista Joaquim Falcão, a quem convidou para fazer a proposta de reforma. O BAF procurou Falcão, mas ele ainda não quer tocar no assunto. O problema é que Moro parece não ter grandes interlocutores no Podemos com agendas que tragam resultados práticos na campanha. A agenda do Nordeste, na primeira semana do ano e que será retomada em fevereiro, por exemplo, é desenhada pelos deputados do PSL, partido que ainda não aderiu à campanha.

Tatiana Farah – Direto de São Paulo

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