O PT discute quais seriam as bases para um novo arcabouço fiscal a ser adotado se Lula for eleito. O partido argumenta que Bolsonaro desmoralizou o teto fiscal e por isso a adoção de uma nova regra, mais factível, não enfrentaria tanta resistência. Nas conversas embrionárias feitas entre economistas e lideranças do partido, um dos pontos frequentemente repetidos é que “política fiscal é instrumento, não é objetivo”. Dentro desta perspectiva, petistas argumentam que as despesas do governo devem ser atreladas à receita. Ou seja, a meta fiscal de um eventual governo Lula não teria valores fixos, como é hoje o teto (furado) de gastos, mas seria fixada de acordo com a receita. Aumentos de juros seriam um efeito colateral menor, de acordo com cardeais petistas.
Ricardo Galhardo – Direto de Brasília