O PSDB chega às prévias, no domingo, bastante fraturado. A despeito do que diz o presidente da legenda, Bruno Araújo, a votação de domingo não terá o condão de reconduzir o partido à união. E, além de estar rachado, o PSDB não se moveu nas pesquisas de intenção de voto apesar de toda a exposição que encarou nas últimas semanas. Ou seja: o discurso dos candidatos não empolgou os eleitores para fora do partido a ponto de mudar as pesquisas ou atrair outras legendas para uma eventual coalizão em 2022. No período, ainda sofreu anúncio de debandada, como a provável saída de Geraldo Alckmin que, ao contrário dos candidatos tucanos, vê predicados em Lula a ponto de se aventar uma aliança eleitoral. E as ameaças de rompimento de Aécio Neves. Eduardo Leite usou e abusou de afirmações de que tem rejeição menor que Doria, sem levar em conta que é bastante desconhecido do país em comparação com Doria. O paulista, por sua vez, na reta final da campanha traz apoiadores como José Serra, que elogiou sua atuação na pandemia, e o ex-governador Marconi Perillo. Um ponto positivo das prévias foi a participação do ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. Sem chance de vitória, Virgílio foi o mais aguerrido contra o governo Bolsonaro e colocou na pauta a discussão sobre a preservação da Amazônia.
Tatiana Farah – Direto de São Paulo