O novo reajuste do diesel confirma que a bronca de Jair Bolsonaro na última semana faz parte de um mecanismo para tentar descolar a responsabilidade do aumento dos preços do governo. A construção da imagem já de olho nas eleições é de que Bolsonaro foi contra o reajuste e a favor do povo: uma tentativa de ‘vacina política’ contra a impopularidade que virá com o aumento dos preços. Como o BAF indicou na semana passada, a Petrobras estava próxima de reajustar os preços do diesel devido ao tamanho da defasagem do combustível da estatal em relação ao preço de mercado. Fontes na petroleira disseram ainda que o aumento é menos da metade do reajuste que seria necessário para equiparar com o preço internacional. Ou seja, o acréscimo de 40 centavos por litro é o suficiente apenas para diminuir a disparidade, mas deve continuar a afetar a importação de empresas do setor de combustíveis já que a Petrobras ainda manterá os preços defasados.
Equipe BAF – Direto de Brasília