A presença do presidente Jair Bolsonaro nas manifestações de 1° de maio ainda é objeto de discussão entre segmentos do Planalto. Bolsonaro não bateu martelo sobre participação em nenhum ato e só deverá pensar nisso entre hoje e amanhã.A tendência é de que Bolsonaro não participe de nenhuma das manifestações que estão programadas, principalmente a de São Paulo. Muitos apoiadores gostariam que o presidente estivesse novamente presente na Avenida Paulista, quando será realizado um ato organizado por grupos de direita em defesa do próprio Bolsonaro. Estes grupos defendem atos “nos moldes” do 7 de setembro, quando inflamou o Brasil com seu discurso contra o STF. O raciocínio deste grupo é que Bolsonaro não pode dar espaço a Lula para ter protagonismo exclusivo no Dia do Trabalho. Comparecendo a estes atos, Bolsonaro apareceria fazendo o seu contraponto. Brasília também deverá ter uma manifestação bolsonarista, mas o presidente não sinalizou, até agora, com possibilidade de comparecer ao evento. A ala política, mais conciliadora do Planalto, defende que presidente se mostre presente no 1º de maio, de outra maneira, sem confronto. Acha que ele deve aparecer apenas promovendo solenidade no Planalto, após a data, com anúncio de medidas que beneficiem o trabalhador. O que tem mais avançado em discussão para ser lançado vem do Ministério do Trabalho, com o anúncio de pacote de medidas que inclui a formalização de trabalhos temporários no campo e que promete legalizar os motoristas e entregadores de aplicativos. A avaliação desta ala moderada é que o presidente, que apresentou melhora nas pesquisas, deve aproveitar a onda para evitar novos confrontos com o Judiciário.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília