Mesmo alegando que não estão se preocupando com a campanha de mobilização da esquerda para cooptar votos dos jovens para o candidato petista, alguns integrantes da campanha de Jair Bolsonaro pensam em usar suas redes sociais para mobilizar os jovens mais conservadores para também tirarem seus títulos e defenderem suas ideias. Ainda não está definido como isso seria feito, mas diante da investida petista, já houve uma troca de ideias informal entre pessoas ligadas a coordenação da campanha para que, cada um em seu segmento, sugira como esse trabalho de mobilização, via internet, deve ser feito e já comece a se mexer, seja com o público evangélico, moradores do campo ou ligado ao agronegócio. Um interlocutor do presidente salientou que “não existe só jovem de esquerda embora, aparentemente, ele seja maioria”. Para este interlocutor é importante usar as redes sociais para esta mobilização, usando a ala jovem dos partidos. Além de Carlos Bolsonaro, profissionais dos partidos serão chamados a ajudar neste trabalho. Carlos quer produzir memes e inserções especiais para atrair esses jovens. Tudo, por enquanto, são ideias, conversas e execuções isoladas de integrantes da campanha, não uma ação planejada. Na verdade, nada no governo ou na campanha de Bolsonaro funciona de maneira ordenada e planejada. No momento, apesar de a campanha já estar nas ruas, uma organização formal ainda está em rimo lento. Os bolsonaristas comemoram que as pesquisas já mostrariam dados mais próximos dos que consideram verdadeiros, deixando para trás aquele discurso da esquerda de que venceriam no primeiro turno. Para um assessor palaciano, a investida de petistas, artistas e pessoas ligadas a Lula entre o público jovem demonstra “desespero da esquerda”.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília