Depois de reconhecer que surtiu efeito a presença da primeira-dama, Michele Bolsonaro, em vários eventos, como forma de atrair o eleitorado feminino, o presidente Jair Bolsonaro foi aconselhado pelo núcleo político de campanha a mirar na classe média. Em 2018, Bolsonaro contou com boa parte do grupo para vencer as eleições, ainda que fosse um eleitorado não muito convencido do que seria o governo Bolsonaro e até envergonhado do seu voto. Bolsonaro, com os seus inúmeros arroubos durante o mandato (em especial na questão da vacinação), perdeu o apoio de uma parcela importante desse segmento. Com a proximidade das eleições, ele está sendo convencido de que precisa investir na classe média, fazendo algum aceno para diminuir a sua rejeição. O primeiro caminho seria o reajuste da correção da tabela de Imposto de Renda. A ideia inicial seria propor algo semelhante ao que está previsto no PL 2337, ou seja, correção de 31,3% na faixa de isenção e as demais faixas teriam reajuste entre 13,2% e 13,6%. São propostas do núcleo político que estão sendo discutidas com objetivo de ampliar a faixa de aceitação de Bolsonaro no eleitorado. As hipóteses de correção não estão fechadas.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília
