Para os militares, o ponto principal da discussão sobre a participação deles na questão das urnas eletrônicas é que eles estão neste processo somente porque foram convidados pelo TSE. Os militares têm dito e repetido que não pediram para testar urna eletrônica, não questionaram a legalidade ou segurança delas e muito menos sugeriram qualquer intervenção no processo de contagem de votos, ainda que Bolsonaro tenha feito discursos políticos sobre isso (que eles consideram vazios). Mas ressaltam que todo sistema eletrônico pode e deve ser aperfeiçoado. Com isso, dizem que estarão prontos para apoiar o enfrentamento de eventuais ataques cibernéticos às urnas, além de transportá-las. Nada mais do que isso. O recado que dão é que não receberam nenhum pedido, muito menos para “contagem paralela de votos”. Não é atribuição das Forças Armadas atuar na apuração dos votos. Para os militares, todo envolvimento com o TSE é técnico e não político.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília