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Bolsonaro obcecado por mudanças na Petrobras

Cristiano Mariz / Agência O Globo

Mesmo tendo dito que o novo ministro das Minas e Energia, Adolfo Sachsida, é quem decidirá sobre mudanças na Petrobras, Jair Bolsonaro anda obcecado por este assunto e não sossegará enquanto não conseguir interferir na direção da empresa. Assessores do Planalto apostam em mudanças proximamente na estatal, mas não arriscam nomes. As mudanças podem passar novamente pelo presidente da empresa, José Mauro Coelho, há apenas um mês na empresa, ou por diretorias. Além de Coelho, que demonstrou rezar na mesma cartilha de corporativismo dos técnicos da empresa, como se queixou o presidente a auxiliares, um dos principais alvos de Bolsonaro é a diretoria de Tecnologia. Desde a gestão passada, há meses Bolsonaro tenta emplacar seu amigo, Paulo Palaia, no lugar de Juliano de Carvalho Dantas, que é considerado um craque na área. Silva e Luna não aceitou os pedidos de troca e a sinalização recebida é de que Coelho também não estava disposto a aceitar. Outro grande interesse do presidente é diretoria Financeira e de Relacionamento com Investidores, onde está Rodrigo Araújo Alves. No caso, é quase uma vingança pessoal, já que o presidente se irrita cada vez que é informado pelos ministérios da Casa Civil, Minas e Energia e Economia que a Petrobras está encaminhando à CVM praticamente um desmentido às suas frequentes falas, que causam prejuízos à empresa. Neste caso, o presidente não tem um nome, apenas quer tirar Rodrigo Alves, sem se tocar que qualquer um que esteja neste cargo terá de agir da mesma forma. Por último, o presidente está de olho na diretoria de Relações Institucionais, onde está Rafael Chaves, funcionário cedido do Banco Central à empresa. Neste caso, poderia até atender algum pleito do entorno político o que, certamente, enfrentará resistência do conselho da empresa.

Tânia Monteiro – Direto de Brasília

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