Jair Bolsonaro intensificou as suas viagens pelo país. Fora de Brasília, o presidente tenta se manter afastado do escândalo sobre a influência de pastores no MEC. Bolsonaro, pelo menos por enquanto, não cogita substituir Milton Ribeiro. Mas a falta de apoio da ala mais forte dos evangélicos, com assento no Congresso, pode tornar insustentável a permanência do ministro. Nestas duas semanas, o presidente escolheu pontualmente Estados nordestinos onde enfrenta dificuldades para garimpar votos. Hoje, Bolsonaro estará em Pernambuco, estado onde o PSB tem larga vantagem eleitoral. Depois embarcará para Quixadá, no Ceará, Estado onde o PT tem dominado a política nos últimos pleitos.No Ceará, Bolsonaro quer tentar ajustar o discurso com candidato ao governo do Estado, deputado Capitão Wagner, do União Brasil. Na semana passada, Wagner, que em 2018 foi eleito na esteira de Bolsonaro, avisou que seu palanque na disputa também estará aberto a outros eventuais candidatos à Presidência da República, o que desagradou o Planalto. Pesquisa divulgada no início da semana aponta o Capitão Wagner em segundo lugar. Em Quixadá, Bolsonaro inaugura uma central de abastecimento de água. Semana passada, o presidente esteve na Bahia. Nesta terça, o presidente passou por Tocantins, onde tem grande aceitação. Na semana que vem, o presidente já tem agendadas visitas a Mato Grosso do Sul, onde entregará títulos de terra, e no dia 30 Piauí, quando estará ao lado de Ciro Nogueira. Bolsonaro vai lançar na Fazenda Ipê, uma das maiores produtoras de soja do Estado, de propriedade do empresário Ricardo Faria, o serviço de 5G.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília