Quem disser que sabe como o presidente Jair Bolsonaro irá reagir, caso perca as eleições no domingo, está mentindo. Ninguém sabe. Ele é imprevisível. Muita gente imagina o que poderá acontecer e como ele poderá reagir. Mas, certeza, ninguém tem. Ninguém vê um Bolsonaro calado ou acuado e, por isso, há uma preocupação no ar entre os interlocutores mais próximos. E a estratégia que está sendo traçada é que todos devem retornar a Brasília para comemorar a vitória ou para ajudar a conter os ânimos do presidente, em uma possibilidade de derrota para Lula. O vice-presidente, general Hamilton Mourão, que está mergulhado no Rio Grande do Sul na difícil missão de tentar ajudar Onyx Lorenzoni a conquistar o governo do estado, concordou em voltar para Brasília assim que votar em terras gaúchas. Apesar das diversas diferenças nestes quase quatro anos de governo, ele ainda é o vice de Bolsonaro, e estará na capital federal para ajudar a traçar o caminho pós-eleição. A previsão é de que, a exemplo do primeiro turno, o presidente Bolsonaro acompanhe a apuração no Palácio do Alvorada, pelo menos, com seus filhos, e se pronuncie ao final.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília
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