A prioridade absoluta do governo Lula-Alckmin é aprovar um orçamento que evite a paralisia no ano que vem. Para isso, será preciso negociar à exaustão com os líderes no Congresso – em especial com o Centrão – uma PEC emergencial de transição que permita elevar os gastos acima do teto, mas limitada a 2023. Nesse contexto desafiador, seria impossível enfrentar o tema das emendas do relator. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) revelou que esse assunto não apareceu nas reuniões realizadas hoje com o relator-geral do orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), e com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O Congresso vem ocupando espaço do Executivo na definição de recursos públicos, o que deixa o orçamento ainda mais rígido. Não há, neste momento, sinal de que essa tendência está se revertendo entre deputados e senadores. O próximo encontro de transição acontecerá na terça-feira, às 10h, entre Geraldo Alckmin e o presidente da CMO, Celso Sabino, aliado de primeira hora de Arthur Lira.
Arnaldo Galvão – Direto de Brasília
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