A escolha de Guilherme Boulos para ser o coordenador geral da pré-campanha Lula-Alckmin em São Paulo surpreendeu aliados de todos os matizes ideológicas no campo lulista. Afinal, o objetivo da chapa é ampliar o eleitorado no maior colégio eleitoral do país atraindo o cidadão conservador tradicionalmente avesso ao PT e Boulos, com sua aura de radical de esquerda, está longe de ser um nome palatável para este setor. Boulos foi escolhido em mais uma concessão de Lula a Fernando Haddad. O PSOL pleiteava a vice na chapa do PT e se opunha à indicação de Marina Silva, a preferida do ex-prefeito. Um dia depois de Lula oferecer o cargo a Boulos, o PSOL retirou o óbice ao nome de Marina. A ex-ministra do Meio Ambiente já lançou sua pré-candidatura a deputada federal, mas Haddad mantém as esperanças. Outros nomes cogitados são os de Marianne Pinotti, ex-secretária municipal da Pessoa com Deficiência na gestão Haddad, e Jonas Donizete, ex-prefeito de Campinas.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo
