Uma das possibilidades mapeadas dentro do Congresso na reforma do setor elétrico a ser enviada pelo MME é que ela seja totalmente desidratada e acabe virando somente a expansão da tarifa social.
Consultada pelo BAF, uma fonte que acompanha o assunto avalia que o Congresso não vai aceitar manter a isenção da tarifa de energia para consumidores até 80 kWh/mês dentro da tarifa social (TSEE) – como o MME estaria enviando – e pode subir para 100 kWh/mês. Para as distribuidoras, esse é um bom arranjo, ajudando a repartir com os outros consumidores uma fatia maior da inadimplência e dos “gatos”.
Também há dúvidas se o governo vai conseguir avançar com temas polêmicos que atingem grupos específicos, como é o caso do fim do desconto no fio – os advocacies devem articular com parlamentares para barrarem tais mudanças (ou ao menos para amenizarem esse dispositivo que atinge os geradores renováveis).
Mas há um ponto que parece ser pacífico sobre a tramitação do PL da reforma: os chamados jabutis (como aqueles que favorecem os geradores a carvão ou a gás natural no Centro-Oeste e Norte, que sempre aparecem em PLs da energia) já estão enfileirados, esperando a lei chegar para tomarem seu espaço.
Equipe BAF – Direto de São Paulo
Foto: Neoenergia, Cosern
