A Caixa Econômica Federal será uma das grandes beneficiárias do programa Gás para Todos, que repassa recursos para que cadastrados no Bolsa Família comprem botijões de GLP.
Segundo o projeto que está na Câmara, o banco receberá 4% a 8% de custos em transações para operacionalizar a política. Se o programa alcançar os 20 milhões de famílias (como se estima, com uma carga de gás a cada 2 meses), são cerca de 10 milhões de transações por mês, segundo dados do setor produtivo, um volume considerado bem alto.
O presidente da Caixa é Carlos Vieira, ligado ao PP e indicado pelo presidente Câmara, Arthur Lira. Tal proximidade e benefício para a Caixa pode ajudar o plano do MME de aprovar o projeto na Câmara ainda este ano, enquanto Lira determina a pauta.
Por outro lado, ainda há preocupação no governo sobre o projeto: Fazenda e MDR (que deveria cuidar desta política social) foram ausências eloquentes em evento ontem no MME sobre o programa.
Há quem perceba o Gás para Todos como um projeto que beneficia diretamente o ministro Alexandre Silveira, postulante ao cargo de senador por Minas Gerais.
Outro problema latente da proposta é a definição do preço do gás no revendedor: colocar um preço-teto pode causar problemas graves às revendas de GLP.
Equipe BAF – Direto de São Paulo
Foto: Vinícius Loures, Câmara dos Deputados