As quatro indicações que o governo fez para ocuparem vagas no conselho da Eletrobras demonstram que o Palácio do Planalto quer tratar a empresa privatizada como se pública fosse. A indicação de Guido Mantega é, para Lula, o pagamento de uma dívida pessoal.
Dos outros nomes, Silas Rondeau é um aceno ao MDB – foi ministro de Minas e Energia por indicação de José Sarney e o partido sempre quis ter influência no setor. Tolmasquim e Nelson Hubner gravitam sempre em torno do PT quando o assunto é energia.
A leitura é que o governo, embora não seja majoritário no conselho, vai querer falar alto e tentar impor sua visão estatista a uma companhia que já não lhe pertence mais, mas que Lula não se conforma de ter perdido o controle. Muita faísca e curto-circuito são esperados.
Equipe BAF – Direto Brasília
Foto: Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
