O anúncio dos cortes no Orçamento, cujo detalhamento foi apresentado nesta terça-feira, pode levar a um agravamento no clima entre os servidores das agências federais, que realizam paralisação até esta quinta-feira.
Na ANP, por exemplo, foi anunciado corte orçamentário de R$ 11,4 milhões, o maior entre as agências ligadas ao MME. A percepção dos servidores é de que as atividades ficarão insustentáveis com esse corte e isso pode reforçar o apoio à greve.
A proposta do governo, de reajuste de 23% foi considerada “um deboche”. Na ANP, mesmo antes do corte, algumas áreas já estavam paradas por falta de recursos e tendo que remanejar serviços. Esse é o caso da área de fiscalização: técnicos estão fazendo o trabalho em cidades onde ocorrem eventos do setor, aos quais são convidados, para economizar no orçamento.
Como algumas autorizações solicitadas pelos setores regulados dependem de vistorias, os servidores temem que logo essa tarefa seja interrompida por falta de recursos.
Outra área sensível é a regulação da indústria do hidrogênio, que deve ir para a ANP após a nova lei aprovada, já que o tema é novo e será necessário investir em capacitações para os técnicos.
Equipe BAF – Direto de São Paulo
Foto: Sindiagências