O nome da ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina voltou à cena como possibilidade de ser vice na chapa da reeleição do presidente Bolsonaro. Os defensores da ideia argumentam que ela pode reduzir a desconfiança do eleitorado feminino com o atual mandatário. Mas a tarefa não é simples. O fato de ser mulher não garante automaticamente o voto feminino – as eleitoras têm antipatia com Bolsonaro desde que ele se candidatou em 2018 e, durante seu mandato, pouco ou nenhum aceno fez para tentar reduzir essa rejeição. Além disso, se é uma questão de gênero, por que as eleitoras não escolheriam Simone Tebet, por exemplo, que é candidata à Presidência e não a vice? Sempre desconfiado de tudo e de todos, uma vez reeleito, e com medo de ser traído e sofrer um golpe, há muita incerteza que espaço Tereza Cristina teria de fato num segundo governo.
Chico de Gois – Direto de Brasília