A equipe de campanha do presidente Jair Bolsonaro vai passar o fim de semana com a respiração suspensa por causa da entrevista ao Jornal Nacional, na segunda-feira. A preocupação não é sobre respostas a questões sobre o governo e as ações desenvolvidas ao longo destes quatro anos. Nesses itens, seus assessores acreditam que ele se sairá bem. O problema é o temperamento de Bolsonaro com possíveis questionamentos pessoais, sobretudo em relação à sua família. Se isso acontecer, Bolsonaro deverá argumentar que seu governo não teve denúncias de corrupção. O receio é sobre como reagirá o presidente diante de um tom que ele considere inquisitório – alguns, em seu entorno, temem que ele se levante e abandone a bancada do JN. De acordo com um dos interlocutores de Bolsonaro, ele irá de espírito desarmado e aberto à sabatina. Ninguém acredita, porém, que ele vá aceitar passivamente questões fundamentadas nas narrativas que a mídia costuma fazer contra ele.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília