A coordenação da campanha Lula-Alckmin comemora o fato de ter destravado o diálogo com setores até agora refratários ao PT, como o dos militares e segmentos do agronegócio. A expectativa é que outros setores sigam o mesmo caminho conforme a data da eleição se aproximar. Com base na experiência com militares e fazendeiros, a campanha avalia que outros ramos da sociedade e da economia ainda não estabeleceram pontes abertamente por medo de retaliações por parte de Bolsonaro e do governo. Entre eles estão segmentos da indústria, do mercado financeiro e os grandes pastores evangélicos. O objetivo, segundo auxiliares próximos de Lula, não é buscar os votos destes setores que já se manifestaram em favor de Bolsonaro, mas abrir interlocução para garantir um convívio saudável tanto na campanha eleitoral quanto em um eventual governo do PT.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo