A palavra “revogação” vai ser retirada das diretrizes do programa de governo Lula-Alckmin, conforme revelou O Globo, mas a discussão sobre o termo sempre foi semântica. É mais uma palavra de ordem do que uma diretriz real. Lula e seus auxiliares já deixaram claro várias vezes que não querem uma volta ao passado e a ideia é reproduzir o modelo espanhol onde a “contrarreforma” foi negociada durante mais de um ano entre todos os atores envolvidos, patrões, trabalhadores e governo, e só depois de um acordo foi à votação no Congresso. O uso do verbo “revogar” foi uma imposição da esquerda do PT para agradar à base sindical durante a reunião que aprovou o nome de Alckmin, em abril. Segundo auxiliares de Lula, os principais temas da reforma serão os trabalhadores de aplicativos, geração e qualificação dos empregos.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo