Militares ouvidos pelo BAF acreditam que o maior risco de contestação de resultado pelo presidente Jair Bolsonaro acontecerá se a eleição for resolvida no primeiro turno. Os militares insistem que não há como questionar as urnas, já que o TSE aceitou muitas das sugestões das Forças Armadas. Por isso avisam que o resultado das urnas terá de ser respeitado, seja ele qual for. Bolsonaro tem repetido que o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, defende o ex-presidente Lula. Diz ainda que, por isso, o ministro tem tomado seguidas decisões contra ele. Esses são alguns dos sinais que corroboram a preocupação dos militares de que, se perder no primeiro turno, o presidente dará trabalho para ser convencido a reconhecer o resultado. Mas os militares acham que a eleição vai para o segundo turno e o reconhecimento do resultado, a princípio, seria mais palatável para Bolsonaro. Os militares da ativa asseguram que não há o que se contestar nas urnas. Mesmo que militares da reserva se arvorem com declarações descabidas contra o resultado, inflamados pelo presidente, não há qualquer disposição de a ativa, que detém o poder, sair de sua missão constitucional.
Tânia Monteiro – Direto de Brasília