Mesmo fora da corrida nacional, Eduardo Leite é peça fundamental na tentativa de articulação de uma terceira via. Isso porque, sem o apoio do MDB a sua campanha no Rio Grande do Sul, o PSDB pode deixar de cumprir o combinado com Simone Tebet. Já faz um mês que o deputado Gabriel Souza (MDB) teve a primeira conversa para desistir em prol de Leite, mas ainda resiste. Leite, por sua vez, é mais competitivo para barrar o bolsonarismo no Estado, encabeçado pelo ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL). Na semana passada, Leite conversou com o deputado emedebista, que foi de sua base de apoio, mas não o convenceu. Enquanto isso, Tasso Jereissati, que já anunciou que não concorrerá à reeleição ao Senado, no outro lado do país, aguarda o sinal para aceitar a vaga de vice. Nessa corrida entre MDB, PSDB e PL, o PT gaúcho tem chance reduzida de voltar ao governo com Edegar Pretto. Nome que poderia fazer frente aos adversários, Manuela D’Ávila (PCdoB) desistiu de concorrer depois de passar os últimos anos sofrendo ataques e ameaças que incluíram sua família.
Tatiana Farah – Direto de São Paulo