Integrantes da coordenação do programa de governo Lula-Alckmin disseram que, se eleito, Lula deve passar um pente fino que acarretará cortes no número de beneficiários do novo Bolsa Família. A ideia, de acordo com essas fontes, é excluir quem não cumpre os requisitos do programa. O foco dos cortes está nos homens que vivem sozinhos e o objetivo é alavancar recursos para custear o auxílio de R$ 600 de forma permanente às famílias assistidas. Um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos está em avaliação. Em entrevista ao BAF, a ex-ministra Tereza Campello já havia dito que o PT quer reativar o cadastro único, abandonado pelo governo de Jair Bolsonaro, mas não falou em cortes. Ontem, Aloizio Mercadante disse que houve aumento de 172% no número de homens solitários beneficiados, enquanto as famílias com dois ou mais integrantes aumentaram 25%. Segundo ele, existe distorção clara que não se justifica do ponto de vista do programa. Um dos elaboradores do programa citou como exemplo o empresário Cassio Cenalli, que viralizou com um vídeo no qual diz que vai parar de entregar marmitas a uma eleitora de Lula. Ele recebeu R$ 5,2 mil em auxílios desde 2021.
Ricardo Galhardo – Direto de São Paulo
